terça-feira, 17 de setembro de 2019

Mudança De Rumo

"Por que você não leva a sério a sua mudança de rumo?"
Jeremias 2:36


Judá estava numa situação muito ruim diante da postura de Deus. Seus pecados, suas decisões, sua adoração, nada disso agradava mais ao Senhor. O pecado havia contaminado completamente o juízo de Judá. A justiça não era feita. Deus não estava nos planos da nação. Viviam em suas dissolutas vontades pecaminosas.
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Em muitos momentos o Espírito de Deus atuava convertendo o coração da nação, do rei, do sacerdote, do levita, do povo de maneira que se arrependiam de sua conduta digna de repreensão, mas insistentemente voltavam ao padrão anterior, vivendo conforme os costumes das nações ao redor. Aparentemente a repreensão e disciplina do Senhor tinha um efeito pouco duradouro e a nação recorria as tradições do passado e de seus desejos carnais.

Deus faz uma pergunta importante: "Por que você não leva a sério a sua mudança de rumo?", por que não mudamos nosso rumo de maneira definitiva? Por que causamos dor ao Senhor? Não amamos Deus verdadeiramente? Amamos mais o pecado que a Deus? Seremos um povo infiel? Por que não assumimos nossa mudança e nossa nova postura?

Paulo diz: "Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram, eis que tudo se fez novo." 2 Co 5.17, o apóstolo afirma que somos nova criação não porque estamos indo a uma igreja, ou pelo fato de estarmos nos envolvendo com atividades religiosas, ele diz de maneira enfática que é preciso estar em Cristo para ser a tal nova criação. Nossa mudança de rumo não está ligada a uma simples mudança de estilo de vida. Intrínseco a estar em Cristo está a mudança de rumo, não pode haver um ânimo dobre para aqueles que estão em Cristo, pois estar em Cristo e mudar é como está o voo para o pássaro, o nadar para o peixe, o ar para os pulmões, não há como separar Jesus das mudanças, ele foi enviado para mudar toda nossa história, para mudar nosso destino, mudar nossa lugar de treva para luz, portanto, mudar de rumo é fruto de estar em Cristo, ser nova criação é fruto de que Cristo no auxiliou e mudou nossa conduta e nosso coração.

Nossa conversão tem a ver com a mudança de rumo, com a mudança de entendimento, com a mudança de fluxo. Devemos olhar profundamente em nossos corações e verificar se estamos ou não em fase de mudança e profundos ajustes para confirmarmos que somos nova criação.

Judá ainda não era nova criação, seu coração estava endurecido, mas hoje não há mais nem grego nem judeu, nem bárbaro nem cita,  nem circunciso nem incircunciso (Cl 3.11), para quem está em Cristo há apenas filhos de Deus, sacerdócio real, nação santa, um povo exclusivo de Deus (1 Pe 2.9).

Aquele Judá, aquele Israel não poderiam cumprir nada pela própria força ou desejo, ainda lhes faltava Jesus o Filho de Deus nosso Senhor. Somente Ele é capaz de tão majestosa transformação em nossas vidas.

Jesus há que brilhar em nós.

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Meu Guia, Meu Anfitrião.

Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória.
(Salmos 73.24)

Charles H. SpurgeonO salmista sentiu necessidade de orientação da parte de Deus. Ele acabara de descobrir a tolice de seu coração e, a fim de não ser por ele constantemente desviado, o salmista resolveu que dali em diante o conselho de Deus o guiaria. Um senso de nossa própria tolice é um grande passo em direção a nos tornarmos sábios, visto que nos leva a confiar na sabedoria do próprio Senhor. O cego se apoia nos braços de seu amigo e chega em casa com segurança. De modo semelhante, devemos nos entregar implicitamente à orientação divina, sem duvidarmos de coisa alguma e certos de que, embora não O vejamos, sempre é seguro confiar no Deus que vê tudo.

Tu me guias é uma bendita expressão de confiança. O salmista estava certo de que o Senhor não cessaria esta obra de condescendência. Esta é uma palavra para você, crente; descanse nela. Tenha certeza de que o seu Deus será o seu conselheiro e amigo. Ele o guiará e dirigirá todos os seus caminhos. Na palavra escrita de Deus, você encontra esta certeza em parte cumprida, pois a Bíblia é o conselho dele para você. Somos felizes por termos a Palavra de Deus sempre a nos guiar! O que seria do marinheiro sem sua bússola? O que seria do crente sem a Bíblia? Ela é o mapa seguro que o livra das areias movediças de destruição e o conduz ao céu de salvação -o mapa desenhado e marcado por Aquele que conhece todo o caminho. Ó Deus bendito, que confiemos em Ti para nos guiar até o fim!
Contemplando esta orientação por toda a vida, o salmista antecipa uma recepção divina no final -“Depois me recebes na glória”. Que pensamento maravilhoso para você, crente! Deus mesmo o receberá na glória -sim, você! Crente perambulante, instável e sem orientação, Deus o levará, seguro, à glória, no final! Esta é a sua porção, viva este dia nesta porção, e se complicações lhe cercarem, prossiga, na força deste texto, direto para o trono.

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Quero!

Quero, fica limpo!
(Marcos 1.41)
 
Charles H. SpurgeonAs trevas, no princípio da criação, ouviram a voz do Altíssimo, ordenando: “Haja luz” (Gênesis 1.3), e imediatamente houve luz. A palavra do Senhor Jesus é tão majestosa quanto aquela palavra de poder no princípio. A redenção, assim como a criação, tem a sua palavra de poder. Jesus fala, e as coisas se fazem. A lepra não se rendia a nenhum remédio humano, mas fugiu imediatamente ante a vontade do Senhor -“Quero”. Essa doença não evidenciava qualquer sinal ou indício de recuperação. A natureza do próprio doente em nada contribuía para a cura, mas a palavra por si mesma efetuou todo o trabalho imediatamente e para sempre.

O pecador está dominado por uma praga mais miserável do que a lepra. Ele, imitando o leproso, deve ir a Jesus, implorando e prostrando-se diante dele (ver Marcos 1.40). Deve exercitar a pequena fé que possui, ainda que não possa ir além de clamar: “Senhor, se quiseres, podes purificar-me”. Não pode haver dúvidas quanto ao resultado. Jesus purifica todos os que vêm a Ele e não rejeita ninguém.
Ao ler o versículo deste dia, observe que Jesus tocou o leproso. Esse homem impuro quebrou as regras da lei cerimonial e entrou apressadamente na casa, mas Jesus, longe de repreendê-lo também quebrou a lei cerimonial para ir ao encontro do leproso. Com ele Jesus fez uma troca, pois enquanto o limpou, contraiu, por aquele toque, uma profanação levítica. Semelhantemente, Jesus foi feito pecado por nós, embora em Si mesmo não tenha conhecido qualquer pecado, para que fôssemos feitos justiça de Deus. Se os pecadores infelizes fossem a Jesus, crendo no poder de sua bendita obra vicária, logo conheceriam o poder de seu toque gracioso. A mão que multiplicou pães, que levantou o apóstolo das águas do mar, que sustenta os crentes em aflições, que os recompensa -essa mesma mão tocará o pecador que O busca e imediatamente o tornará limpo. O amor de Jesus é a fonte da salvação. Ele ama, Ele vê, Ele nos toca, e vivemos!
 
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Por: Charles Spurgeon. © 2016 Ministério Fiel. 
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sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Espere!

Espera pelo SENHOR.
(Salmos 27.14)

Charles H. SpurgeonParece ser fácil esperar, mas às vezes, muitos anos têm de se passar, antes de aprendermos a esperar. É mais fácil avançarmos gradual e constantemente do que permanecermos quietos. Existem horas de perplexidade, em que o espírito mais disposto, que deseja com ansiedade servir ao Senhor, não sabe que direção tomar. Então, o que fazer? Se atormentará pelo desespero? Retornará por covardia, correrá para a direita, em temor, ou avançará apressadamente, em presunção? Não, deve simplesmente esperar.

Espere em oração. Invoque a Deus, apresentando o seu caso diante dele. Conte-Lhe sua dificuldade e clame pelo cumprimento da promessa de ajuda. Estando em dilema entre um dever e outro, é mais agradável ser humilde como uma criança, esperando no Senhor com simplicidade de alma. Com certeza, as coisas sucedem bem para nós quando sentimos e conhecemos nossa própria loucura e quando estamos sinceramente dispostos a ser guiados pela vontade de Deus. Espere em fé. Expresse ao Senhor a sua inabalável confiança nEle. Esperar sem fé e confiança é um insulto ao Senhor. Creia que, mesmo se Ele lhe mantiver esperando por longo tempo, virá no tempo certo. A visão se cumprirá e não tardará. Espere em calma paciente, não se rebelando por estar passando por aflição; antes, bendizendo a Deus pela aflição. Jamais murmure como o fizeram os filhos de Israel contra Moisés. Nunca deseje voltar ao mundo, mas aceite a situação como ela é, colocando-a, de todo o seu coração, sem qualquer vontade pessoal, nas mãos de seu Deus da aliança, confessando-Lhe: “Senhor, faça-se a tua vontade e não a minha. Eu não sei o que fazer. Cheguei ao extremo. Mas, esperarei até que Tu dividas o mar ou faças retroceder os meus inimigos. Aguardarei mesmo que me mantenhas esperando por muitos dias, porque o meu coração está firmado tão-somente em Ti, Ó Deus. Meu espírito espera em Ti, na plena convicção de que serás minha alegria e salvação, meu refúgio e torre forte”.

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quarta-feira, 28 de agosto de 2019

O Monstro Da Incredulidade

Até quando não crerá em mim?
(Números 14.11)

Charles H. SpurgeonEmpenhe-se, com todo o cuidado, para manter-se longe do monstro da incredulidade. Ela desonra a Cristo. Se O insultarmos, tolerando a incredulidade, Ele afastará sua presença visível. É verdade que a incredulidade é uma erva daninha cujas sementes nunca podemos tirar inteiramente do solo, mas devemos tirar a raiz com zelo e perseverança. Entre as coisas detestáveis, a incredulidade é a que mais devemos odiar. A sua natureza injuriosa é extremamente maligna: aqueles em quem ela se manifesta e os que a praticam são todos prejudicados por ela. Em seu caso, ó crente, a incredulidade é a coisa mais ímpia, visto que as misericórdias de seu Senhor, no passado, aumentam a sua culpa ao duvidar dele no presente. Quando você desconfia do Senhor Jesus, Ele pode clamar: “Eis que farei oscilar a terra debaixo de vós, como oscila um carro carregado de feixes” (Amós 2.13). Duvidar do Senhor Jesus é o mesmo que colocar em sua cabeça uma coroa de espinhos muitíssimo agudos. É bastante cruel da parte de uma esposa desconfiar de seu esposo fiel e amável.

O pecado de incredulidade é desnecessário, tolo e sem justificativa. O Senhor Jesus nunca nos deu o menor motivo para suspeitas e sente-se triste quando duvidam dele aqueles aos quais demonstra afeição e veracidade. Jesus é o Filho do Altíssimo e tem riquezas ilimitadas. É vergonhoso duvidar do Onipotente e desconfiar do Todo-Suficiente.

Os celeiros do céu não se esgotarão pelo saciar de nossa fome. Se Cristo fosse apenas um depósito de água, logo acabaríamos com a plenitude dele. Mas quem pode secar uma fonte? Ele tem suprido as necessidades de miríades de espíritos; e nenhum deles tem se queixado de escassez de recursos nEle. Lance fora esse traidor chamado incredulidade, pois seu único alvo é destruir os laços de comunhão e fazer-nos lamentar um Salvador ausente. Morte ao traidor chamado incredulidade! Meu coração o abomina!

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terça-feira, 27 de agosto de 2019

A Aliança

Estabeleceu para sempre a sua aliança. 
(Salmos 111.9)

Charles H. SpurgeonO povo do Senhor se deleita na aliança. A aliança é uma fonte inesgotável de consolação para eles, enquanto o Espírito Santo os leva à sala do banquete e tremula a sua bandeira sobre eles. O povo do Senhor se deleita em contemplar a antiguidade da aliança, lembrando que, antes de o sol conhecer seu lugar ou os planetas percorrerem suas órbitas, os interesses dos santos foram assegurados em Cristo Jesus. Eles têm prazer singular em lembrar a segurança da aliança enquanto meditam nas “fiéis misericórdias prometidas a Davi” (Isaías 55.3). Deleitam-se em celebrá-la como assinada, selada e ratificada em todas as coisas. A aliança sempre faz com que o coração do povo de Deus se dilate em regozijo, ao pensarem sobre a imutabilidade dela – uma aliança que nem o tempo, nem a eternidade, nem a vida, nem a morte jamais serão capazes de anular; uma aliança tão antiga quanto a eternidade e tão firme como a Rocha dos Séculos.

O povo de Deus se regozija em festejar a plenitude da aliança, pois têm nela a provisão de todas as coisas. Deus é o quinhão deles; Cristo é o companheiro deles; o Espírito Santo é o consolador deles; a terra é a hospedaria deles; e o céu, o lar deles. O povo de Deus vê na aliança uma herança reservada para toda alma que possui a salvação. Seus olhos reluziram quando viram-na na Bíblia como uma mina de ouro; mas, oh, como a alma deles se alegrou quando perceberam que, no testamento de seu divino Parente, a aliança lhes foi deixada como herança! E, de modo especial, o povo de Deus encontra prazer em contemplar a graciosidade da aliança. Eles percebem que a lei se tornou nula porque era uma aliança de obras, dependente de méritos. Mas entendem que esta aliança é permanente, devido ao fato que o seu fundamento é a graça; graça, a condição; graça, a força; graça, o baluarte; graça, o alicerce; graça, a pedra angular. A aliança é um tesouro de riquezas, um armazém de alimentos, uma fonte de vida, um depósito de salvação, um título de paz e um abrigo de regozijo.

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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Fé, Virtude Que Envolve Todos Os Sensos

O seu fruto é doce ao meu paladar. (Cântico dos Cânticos 2.3)

Charles H. SpurgeonNas Escrituras, a fé é referida como uma virtude que envolve todos os sensos. É visão: “Olhai para mim e sede salvos” (Isaías 45.22). É ouvir: “Ouvi, e a vossa alma viverá” (Isaías 55.3). É olfato: “Todas as tuas vestes recendem a mirra, aloés e cássia” (Salmos 45.8); “Suave é o aroma dos teus unguentos, como unguento derramado é o teu nome” (Cântico dos Cânticos 1.3). É um toque espiritual. Por esta fé a mulher veio por trás e tocou a orla da veste de Cristo, e por esta fé apalpamos a boa palavra da vida. A fé, igualmente, é o paladar do espírito: “Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca” (Salmos 119.103). Jesus disse: “Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos” (João 6.53). Este saborear é a fé em uma de suas mais sublimes operações. Ouvir é uma das primeiras realizações da fé. Ouvimos a voz de Deus não somente com o ouvido físico, mas também com o ouvido espiritual. Nós a ouvimos como a Palavra de Deus, crendo que ela é realmente a Palavra de Deus. Este é o ouvir da fé. Em seguida, nossa mente considera a verdade que nos foi apresentada; isto significa que entendemos a verdade ouvida, percebemos o seu significado. Isto é o ver da fé. Depois, descobrimos a preciosidade dela; nós a admiramos e percebemos quão agradável é a sua fragrância. Isto é o cheirar da fé. Então, nos apropriamos das misericórdias preparadas para nós em Cristo. Isto é a fé em seu tocar. Em consequência, seguem as alegrias – paz, deleite e comunhão – é a fé em seu paladar. Qualquer um destes atos de fé é salvador. Escutar, na alma, a voz de Cristo como a própria voz de Deus nos salvará. O que nos proporciona verdadeira alegria é o aspecto da fé segundo o qual Cristo é recebido por nós e tornado o alimento de nossa alma, por entendimento interno e espiritual de sua doçura e preciosidade. Quando estamos no exercício deste aspecto da fé, assentamo-nos com grande deleite à sombra de Cristo e descobrimos que o seu fruto é doce ao nosso paladar.

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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Os Glorificados Nunca Mais

Nunca mais se ouvirá nela voz de choro. (Isaías 65.19)

Resultado de imagem para glorificadoOs glorificados não choram mais, porque desapareceram todas as causas de lamento. No céu, não existe amizade interrompida nem perspectivas frustradas. Pobreza, zombaria, perseguição, fome, perigo são desconhecidos no céu. Nenhuma dor aflige; nenhum pensamento de morte ou privação entristece. Os glorificados nunca mais choram, porque estão completamente santificados. Nenhum coração de incredulidade os impulsiona a se afastarem do Deus vivo (ver Hebreus 3.12). Eles se encontram sem culpa diante do trono de Deus, plenamente conformados à imagem de Cristo. Com razão eles param de chorar, pois não mais pecam. Os glorificados não lamentam mais, porque se lhes findou todo o temor de mudanças. Eles sabem que estão seguros por toda a eternidade. O pecado está do lado de fora; e eles, no próprio céu. Habitam em uma cidade que nunca será abalada. Os glorificados se aquecem na luz de um sol que nunca se põe. Bebem de um rio que jamais secará e colhem frutos de uma árvore que nunca murcha. Enquanto durar a eternidade, juntamente com ela existirão a imortalidade e a felicidade dos glorificados. Eles estão para sempre com o Senhor. Não choram mais, porque todos os seus desejos se cumpriram. Não é possível que desejem algo que já não tenham. Olhos, ouvidos, coração e mão; julgamento, imaginação, esperança, desejo, e todas as faculdades estão completamente satisfeitas. Embora sejam imperfeitas as nossas ideias a respeito do que Deus tem preparado para os que O amam, sabemos o suficiente, por meio da revelação do Espírito Santo, para reconhecer que os santos na glória são supremamente benditos. O gozo de Cristo, que é uma infinita plenitude de deleite, está neles. Eles se banham no mar da bem-aventurança, o qual não tem fundo, nem porto. Esse mesmo descanso repleto de gozo está preparado para nós, e pode não estar distante. Em breve, as lágrimas de tristeza serão transformadas em pérolas de bem-aventurança eterna. “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (1 Tessalonicenses 4.18).

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Charles H. Spurgeon
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quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Desfalecer De Amor Por Cristo

Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, se encontrardes o meu amado, que lhe direis? Que desfaleço de amor. (Cântico dos Cânticos 5.8)

Esta é a linguagem do crente almejando companheirismo com Jesus: ele desfalece de amor por seu Senhor. As almas cheias da graça divina jamais estão completamente tranquilas, exceto quando se encontram bem próximas de Cristo. Quando estão distantes dele, tais almas perdem a sua paz. Quanto mais perto estiverem de Cristo, tanto mais desfrutarão da perfeita calma celestial. Quanto mais próximo o coração estiver dele, tanto mais repleto estará não somente da paz, mas também da vida, fortaleza e alegria, visto que todas estas coisas dependem da comunhão permanente com o Senhor Jesus.

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O que o sol significa para o dia; a lua, para a noite, e o orvalho, para a flor – tudo isso é Cristo para nossa alma. O que é o pão para o faminto; a roupa, para o despido; a sombra de uma grande rocha, para o viajante em uma terra fatigante – tudo isso é Cristo para nossa alma. Portanto, se conscientemente, não somos um com Ele, não é de admirar que nosso espírito clame com as palavras do cântico: “Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, se encontrardes o meu amado, que lhe direis? Que desfaleço de amor”. Este sério anelo por Jesus tem uma bênção que o atende: “Bem-aventurados os que têm fome e sede e justiça” (Mateus 5.6). Supremamente benditos são aqueles que têm sede do Justo. Bendita, é esta sede pois vem de Deus. Se eu não tiver a desabrochada bem-aventurança de ser saciado, a buscarei no doce momento em que brota, momento de vazio e avidez, até ser satisfeito com Cristo. Se eu não me alimentar de Jesus, a próxima porta ao céu será ter fome e sede dele. Existe santidade nessa sede, porque é uma sede que resplandece entre as bem-aventuranças de nosso Senhor. Mas a bênção envolve uma promessa. Pessoas que têm essa fome serão fartas com o que desejam. Se Cristo nos leva a anelarmos por Ele, com certeza Ele mesmo satisfará esses anelos. Quando Cristo vier realmente a nós, quão agradável será esse encontro!

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Charles H. Spurgeon
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quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Tempo Em Uma Busca Admirável


Saíra Isaque a meditar no campo, ao cair da tarde.
(Gênesis 24.63

Resultado de imagem para tempoIsaque gastava tempo numa busca admirável. Se aqueles que gastam várias horas na companhia de pessoas ociosas, em leituras frívolas e passatempos inúteis, aprendessem sabedoria, descobririam que envolver-se na meditação é mais interessante do que envolver-se nas vaidades que agora se mostram tão atraentes para eles. Todos nós saberíamos mais, viveríamos mais próximos de Deus e cresceríamos mais profundamente na graça, se passássemos mais tempo a sós. A meditação extrai o verdadeiro alimento das informações que nossa mente obteve de outras fontes. Quando Jesus é o tema, a meditação se torna realmente agradável. Isaque encontrou Rebeca quando estava envolvido em meditações particulares. Muitos têm encontrado o seu mais Amado num momento assim.A escolha de Isaque por um lugar foi bastante admirável. No campo, temos inumeráveis assuntos sobre os quais podemos meditar. Desde o cedro ao hissopo, desde a águia que voa nas alturas ao gafanhoto chilreador, desde a expansão azul do céu à gota de orvalho, tudo está repleto de instrução. Quando os olhos da alma são abertos por Deus, tal ensino resplandece na mente com mais nitidez do que em livros impressos. Nossos quartos não se mostram tão sugestivos nem tão inspiradores como o campo. Não consideremos nada comum ou imundo, mas percebamos que todas as coisas criadas apontam Àquele que as fez; assim, o campo nos revela bastante o Senhor. A escolha de Isaque quanto à hora também foi sábia. O momento do pôr do sol, quando ele arrasta um véu sobre o dia, convém àquele repouso da alma, quando os cuidados terrenos entregam-se às alegrias da comunhão celeste. A glória do sol no poente nos causa admiração, e a solenidade da aproximação da noite desperta nosso temor. Se as atividades deste dia permitirem, será bom, querido leitor, você separar tempo para sair ao campo, à tardinha. Mas, se não for possível, o Senhor também está na cidade; Ele o encontrará em seu quarto ou na rua cheia de pessoas. Seu coração deve sair ao encontro dele.

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Charles Spurgeon
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segunda-feira, 12 de agosto de 2019

A Finalidade Do Evangelho

Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação. (Romanos 5.9-11) 

Do que precisamos ser salvos? O versículo 9 o declara de forma evidente: da ira de Deus. Mas esse é o mais elevado, melhor, mais completo e mais satisfatório prêmio do evangelho?

Não. O versículo 10 diz: “muito mais… seremos salvos pela sua vida”. Depois, o versículo 11 conduz à finalidade quando diz: “não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus”.

Resultado de imagem para gloriar em deusEssa é a finalidade e o mais elevado bem da boa notícia. Não há outro “não apenas isto” depois disso. Há apenas Paulo dizendo como chegamos a esse fim: “por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação”.

A finalidade do evangelho é que nos gloriemos em Deus. O mais elevado, mais pleno, mais profundo e mais doce bem do evangelho é o próprio Deus, desfrutado por seu povo redimido.

Deus em Cristo se tornou o preço (Romanos 5.6-8) e Deus em Cristo se tornou o prêmio (Romanos 5.11).

O evangelho é a boa notícia de que Deus comprou para nós o deleite eterno em Deus.

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Por: John Piper. © Desiring God – Solid Joys
Alegria Inabalável - Ministério Fiel
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quinta-feira, 8 de agosto de 2019

O Objetivo Da Criação

Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. (Gênesis 1.27) 

Deus criou os seres humanos à sua imagem para que o mundo fosse preenchido com refletores de Deus, imagens de Deus, sete bilhões de estátuas de Deus, para que ninguém se esqueça do objetivo da criação.

Resultado de imagem para planeta terraNinguém (a não ser que sejam cegos) poderia se enganar quanto ao objetivo da humanidade, a saber, Deus — conhecer, amar, manifestar Deus. Os anjos clamam em Isaías 6.3: “Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória”. Ela está cheia de bilhões de humanos portadores da sua imagem. Ruínas gloriosas. 

Mas não somente os homens. A natureza também! Por que um mundo tão deslumbrante para nós vivermos? Por que um universo tão vasto? 

Certa vez li que há mais estrelas no universo do que há palavras e sons que todos os seres humanos de todos os tempos já falaram. Por quê? A Bíblia diz claramente: “Os céus proclamam a glória de Deus” (Salmo 19.1). 

Se alguém pergunta: “Se a terra é o único planeta habitado e o homem o único habitante racional entre as estrelas, por que um universo tão grande e vazio?”, a resposta é: Isso não é por causa de nós, é por causa de Deus. E essa é uma afirmação atenuada. 

Deus nos criou para conhecê-lo, amá-lo e manifestá-lo. E, assim, ele nos deu uma pista sobre ao que ele é semelhante: o universo.


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Por: John Piper. © Desiring God – Solid Joys 
Alegria Inabalável - Ministério Fiel
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sábado, 13 de julho de 2019

A Fé Expulsa A Culpa, A Cobiça E O Temor

Resultado de imagem para tardeO intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia. 
(1 Timóteo 1.5
A fé na graça de Deus expulsa do coração os poderes pecaminosos que impedem o amor.

Se nos sentimos culpados, tendemos a afundar em depressão egocêntrica e autopiedade, incapazes de ver, e muito menos de nos preocupar, com a necessidade de qualquer outra pessoa. Ou agimos como hipócritas para cobrirmos nossa culpa e, assim, destruímos toda sinceridade nos relacionamentos. Ou falamos sobre as falhas de outras pessoas para minimizar a nossa própria culpa.

Acontece o mesmo com o temor. Se sentimos medo, tendemos a não nos aproximarmos de um estranho na igreja que possa precisar de uma palavra de boas-vindas e encorajamento. Ou podemos rejeitar as missões internacionais em nossas vidas, porque parecem muito perigosas. Ou podemos desperdiçar dinheiro em seguros excessivos ou estarmos envolvidos em todas as formas de pequenas fobias que nos tornam preocupados com nós mesmos e cegos para as necessidades dos outros.

Se somos cobiçosos, podemos gastar dinheiro em luxos — dinheiro que deveria ser usado para a propagação do evangelho. Não empreendemos nada arriscado, para que nossas posses preciosas e nosso futuro financeiro não sejam comprometidos. Nós nos concentramos em coisas ao invés de pessoas, ou vemos as pessoas como meios para nossa vantagem material.

A fé na graça futura produz o amor ao remover a culpa, o temor e a cobiça do coração.

Ela remove a culpa, porque se apega à esperança de que a morte de Cristo é suficiente para garantir a absolvição e a justiça agora e para sempre (Hebreus 10.14).

Ela remove o temor porque se baseia na promessa: “Não temas, porque eu sou contigo… eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Isaías 41.10).

E ela remove a cobiça, porque está confiante de que Cristo é riqueza maior do que tudo que o mundo pode oferecer (Mateus 13.44).

Em todos os casos, a glória de Cristo é magnificada quando somos mais satisfeitos com a sua graça futura do que com as promessas do pecado.

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Por: John Piper. © Desiring God – Solid Joys
Alegria Inabalável - Ministério Fiel
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terça-feira, 9 de julho de 2019

Seis Formas Pelas Quais Jesus Combateu A Depressão

Resultado de imagem para lugaresE, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. (Mateus 26.37) 

Havia várias táticas na batalha estratégica de Jesus contra o desânimo.
  1. Ele escolheu alguns amigos próximos para estar com ele. “Levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu” (Mateus 26.37).
  2. Ele abriu a sua alma para eles. Ele lhes disse: “A minha alma está profundamente triste até à morte” (Mateus 26.38).
  3. Ele pediu a sua intercessão e companheirismo na batalha. “Ficai aqui e vigiai comigo” (Mateus 26.38).
  4. Ele derramou o seu coração ao Pai em oração. “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice!” (Mateus 26.39).
  5. Ele descansou a sua alma na soberana sabedoria de Deus. “Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mateus 26.39).
  6. Ele fixou o seu olhar na gloriosa graça futura que o esperava do outro lado da cruz. “Em troca da alegria que lhe estava proposta, [ele] suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hebreus 12.2).
Quando ocorrer algo em sua vida que pareça ameaçar seu futuro, lembre-se disso: As primeiras oscilações da bomba não são pecado. O perigo real é ceder a elas, entregar-se, não iniciar nenhuma luta espiritual. E a raiz dessa rendição é a incredulidade: um fracasso em lutar pela fé na graça futura; um fracasso em estimar tudo o que Deus promete ser para nós em Jesus.

Jesus nos mostra outro caminho. Não sem dor, nem passivo. Siga-o. Encontre seus amigos espirituais e confiáveis. Abra sua alma para eles. Peça-lhes que vigiem e orem com você. Derrame a sua alma ao Pai. Descanse na soberana sabedoria de Deus. E fixe os seus olhos na alegria que está diante de você nas preciosas e magníficas promessas de Deus.


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Por: John Piper. © Desiring God – Solid Joys
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segunda-feira, 8 de julho de 2019

Quando Outro Cristão lhe Ferir

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Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. (Romanos 8.1) 

Qual é a base de não guardarmos rancor contra irmãos e irmãs cristãos que se arrependem?
Nossa indignação moral diante de uma ofensa terrível não se evapora apenas porque o ofensor é um cristão. Na verdade, podemos nos sentir ainda mais traídos. E um simples: “eu sinto muito”, muitas vezes parecerá totalmente desproporcional à dor e feiura da ofensa.

Porém, nesse caso, estamos lidando com companheiros cristãos e a promessa da ira de Deus não se aplica, porque “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8.1). “Porque Deus não nos destinou [os cristãos] para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Tessalonicenses 5.9).

Para onde nos voltaremos para nos assegurarmos de que a justiça será feita, de que o cristianismo não é uma zombaria contra a seriedade do pecado?

A resposta é que olhamos para a cruz de Cristo. Todos os erros que foram cometidos contra nós por crentes foram vingados na morte de Jesus. Isso está implícito no fato simples, mas assombroso, de que todos os pecados de todo o povo de Deus foram colocados sobre Jesus (Isaías 53.6; 1 Coríntios 15.3).

O sofrimento de Cristo foi a recompensa de Deus para cada maltrato que eu já recebi de um companheiro cristão. Portanto, o cristianismo não torna o pecado leve. Ele não acrescenta insulto à nossa injúria.

Pelo contrário, ele considera os pecados contra nós tão seriamente que, para lidar com eles de modo justo, Deus deu o seu próprio Filho para sofrer mais do que poderíamos fazer alguém sofrer pelo que nos fez.

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Por: John Piper. © Desiring God – Solid Joys
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